Eu admiro o político que tem olhar, preferencialmente pelos excluídos, pelas pessoas em vulnerabilidade. Os que pensam, antes de tudo, na questão de colocar alimento, colocar as coisas de necessidade básica, de primeira necessidade na mesa do brasileiro, de todos nós. Eu admiro políticos que são pacíficos, que buscam unidade, eu admiro políticos que não pensam em enriquecer, passando de tratorada em cima das pessoas. Eu admiro políticos que se preocupam com a diminuição da desigualdade social.
O que me move é a generosidade, olhar para as pessoas, acolher as pessoas, ter um tempo para ouvi-las, perceber se estão bem, se não estão bem, partilhar um pouco o que eu tenho.
Fui pescada pela Pastoral da Saúde. A gente faz visitas, especialmente para aqueles idosos e enfermos que não podem sair de casa e sentem falta de uma visita. Gosto muito, aprendo muito, a gente tira muita lição. Às vezes, a fé da pessoa que está acamada te coloca no chão.
A fome não espera. Propostas como o Bolsa Família foram distorcidas na cabeça de muitos, mas eu sou favorável a essas políticas. Importante sempre ter um olhar que garanta às famílias o acesso a esses projetos sociais.
E eu aprendi muito no Conselho Tutelar, aí fica um aprendizado mesmo, a trabalhar em colegiado. Eu achava que eu podia resolver as coisas da minha forma. Como eu já entrei sabendo que era meio núcleo duro, eu aprendi, eu me doei para o aprendizado de trabalhar em colegiado. Eu acredito que os meus eleitores podem ver em mim uma pessoa que vai circular por todos os ambientes de forma bem tranquila, acolhedora, de forma que não vai ter embate.
Hoje eu ando com a cabeça erguida encontrando famílias que eu pude ajudar e sem perceber que eu estava ajudando enquanto conselheira tutelar. Eles reconhecem, sabe? Pra mim, eu não estava fazendo nada mais do que fazer valer o direito deles, daquela família, daquela criança, daquela mãe.
Adversário não é inimigo. Adversário, a gente tem que chamar para conversar. Se não der da parte dele, está ok, pelo menos a gente tentou ter esse diálogo. Às vezes, a pessoa tem até uma ideia melhor que a sua. Então, vamos trazer, vamos construir juntos.
A gente faz política a todo momento. Se você recicla o seu lixo, você já está fazendo política. Se você vai ao mercado, discutir algum preço que subiu, você está fazendo política. Você está atuando em alguma pastoral da tua igreja, você está fazendo política.
A minha prioridade é sempre lutar pela diminuição da desigualdade social. O que a gente puder fazer para contribuir com a criação e a movimentação das políticas públicas para diminuir essas desigualdades sociais, seja na educação, na saúde, na segurança, vamos fazer.